Projeto de atenção contínua e autocuidado apoiado otimiza cuidados com diabéticos

Grupos minimizam complicações e fortalecem rotina saudável entre os assistidos

Uma manhã especial, amparada por cuidado, apoio e atenção. Essa semana, pacientes diabéticos e hipertensos de alto risco, que integram o grupo de atenção contínua e autocuidado apoiado, da Secretaria Municipal de Saúde, receberam diversos atendimentos na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro São Jorge, dando sequência a mais um ciclo de monitoramento em busca da melhor qualidade de vida dos assistidos.

Há aproximadamente um ano, a operadora de telemarketing Lívia Mara Bernardes vivia uma realidade distinta da atual. Sua vida começou a mudar desde que entrou para o grupo. “Sentia muitas limitações e era muito sedentária. Com este tratamento, reduziu também o tempo de espera pelas consultas, fazendo tudo no mesmo dia. Quando recebi o atendimento dos profissionais, foi mágico. Agradeço muito a dedicação e a responsabilidade de toda a equipe”, relatou.

Equipe interdisciplinar

Depois de passar pelo atendimento na UAI São Jorge, pioneira do projeto no município, o grupo segue monitorado pelos profissionais em suas unidades de referência. Um dos diferenciais do programa é a equipe interdisciplinar, composta por médicos endocrinologistas, cardiologistas, oftalmologistas, enfermeiros, dentistas, assistentes sociais, educadores físicos, nutricionistas e agentes comunitários de saúde, que ajudam a traçar um plano de cuidados, de acordo com o perfil de cada paciente assistido.



O planejamento para atendimento dos pacientes no grupo é elaborado com base em um plano de metas que devem ser alcançadas em um ciclo de três meses. Um período no qual a participação do próprio paciente é fundamental para a eficiência do tratamento.


Como participar

 Esse tratamento é feito a partir de uma estratificação de risco, que permite um acesso ainda mais democrático daqueles que estão em situação de alto risco e requerem uma atenção maior, como destaca a enfermeira Mariana Machado Santos, que conduz os trabalhos do grupo na UBSF Santa Luzia.

 “Temos hoje 196 diabéticos, todos estratificados, dos quais 64 estão com alto risco. Começamos a chamá-los com o intuito de minimizar todas as complicações. Esse trabalho na unidade é feito desde setembro do ano passado, em consonância com o projeto Qualifica SaUDI, para melhorar a qualidade de vida da população, pensando em um novo tipo de trabalho, que vai além de uma simples consulta com o médico”, explicou a enfermeira.

Hemoglobina glicada

 De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a cada 1% diminuído da hemoglobina glicada, é possível reduzir em 37% as complicações microvasculares, além de diminuir em até 21% o risco de morte e em 14% a incidência de infarto agudo do miocárdio. Desde que entrou para o grupo, o motorista Marcos Machado reduziu a taxa de hemoglobina glicada de 13% para 7%, passando do quadro de muito alto risco para baixo.

“Tive problemas de pressão, dores no corpo, e não costumava frequentar o médico. Foi então que conheci o projeto da Prefeitura, na UBSF do bairro Santa Luzia, e mudei meus hábitos. Tudo isso transformou minha vida. No auge da crise do diabetes, que nem sabia que tinha, sentia como se não passasse de mais uma semana, e aos poucos fui recuperando minha saúde. Acredito que 90% dessa mudança foi na atividade física e na alimentação adequada”, afirmou Marcos.


Fotos Araípedes Luz - Secom/PMU


PJ Godoy

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