Paisagens brasileiras ganham novas perspectivas em mostra na Oficina Cultural

Séries fotográficas da exposição “Corpo-Lugar” seguem abertas para visitação

Yuji Kodato 
Foram três anos pela região costeira de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, até Paraty, no Rio de Janeiro. Com um tripé e uma câmera nas mãos, o fotógrafo e cineasta Yuji Kodato passou a observar através das lentes o emaranhado de cores entre cachoeiras, praias, patrimônios históricos e belezas naturais que faziam parte do seu cotidiano. Desde o dia 16 de março, o resultado deste trabalho tem um destino comum em Uberlândia, com a exposição Corpo-Lugar. A mostra reúne duas séries fotográficas de artistas da produtora audiovisual Nóis, e seguem abertas para visitação na Oficina Cultural.




Matéria Escura



A partir da técnica da longa exposição, Yuji Kodato usa as imagens para diluir os corpos humanos em meio ao ambiente noturno e cria composições em que a luz escapa de uma noção objetiva. O intuito é proporcionar novas formas de observar a natureza com o advento da luz da Lua, de vagalumes e fontes artificiais que criam cenários impossíveis de serem prestigiados a olho nu. Para o artista, essa foi a grande inspiração para realizar a exposição. 



"São fotografias que utilizam a luz natural, quase todas noturnas. Era algo que fazia diariamente. Saía para caminhar, sempre sozinho, ia para a cachoeira, passeava com o tripé e a câmera e isso já era suficiente para observar tudo que despertava a atenção por meio das lentes", lembrou. 



Natural de Uberlândia, Yuji Kodato é autodidata em sua carreira artística, com dedicação para a produção audiovisual. Autor de documentários, filmes experimentais e projetos fotográficos autorais, ele trabalha principalmente temas relacionados ao corpo, cotidiano, cidade e paisagem. 



Fora do Lugar
                                                                          Alex Oliveira



Quem também é atração na exposição Corpo-Lugar é a série fotográfica Fora do Lugar, do artista visual Alex Oliveira. Desta vez, a inspiração surgiu da Bahia, em 2014, quando ele passou a investigar as similaridades entre as paisagens do sertão baiano e dos países do Oriente Médio. Com a construção de uma autorrepresentação ficcional, o expositor propõe um jogo narrativo para reforçar, na sua identidade de brasileiro mestiço, traços que o assemelham aos descendentes árabes. Além disso, utiliza da fotografia para resgatar a sua origem, com uma mistura de performance, memória e criatividade. 



Natural de Jequié (BA), Alex Oliveira é graduado em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia. Em 2017, começou a desenvolver oficinas de fotografia contemporânea, como no Sesc Arsenal em Cuiabá (MT), em Belém (PA), pelo Prêmio Diário Contemporâneo, e na Fundação Curro Velho. Atualmente, reside em Uberlândia, onde atua em diferentes projetos artístico-culturais que envolvem a produção de imagens, estáticas ou em movimento. 



Inaugurada no dia 16 de março, a exposição Corpo-Lugar segue aberta para visitação até o dia 18 de abril, das 12h às 18h, na Galeria Lourdes Saraiva Queiroz, da Oficina Cultural.



Prestigie!

Exposição: Corpo-Lugar

Visitação: 16/03 a 18/04, segunda a sexta-feira, das 12h às 18h

Local: Galeria Lourdes Saraiva Queiroz, na Oficina Cultural

Endereço: praça Clarimundo Carneiro, 204, centro. 

Entrada franca







02/04/2018

PJ Godoy

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