O artista e seu universo de criação.

Délcia Badan -Artista plástica, graduada em Educação Artística /habilitação em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia U.F.U.
Pensar em arte e em artista é pensar em gestos inacabados gerados pelo fazer do artista dentro de um mundo complexo, intrigante, denso; universo da criação.

Assim sendo a obra de arte é uma obra do tempo, resultado de várias e progressivas transformações. Por mais que a obra de arte nos pareça com algo que nasceu pronto, os resíduos mostram o contrário, são “Retratos temporais” do fazer artístico, um fazer complexo e lento. Onde entra em ação um ser pensante e analítico, um olhar analisador, e mãos que executam configurando gestos na busca da realização da obra, que vai se corporificando, gerando tendências na ação processual construtiva a partir da investigação, da verificação, dos ajustes e reajuste, do uso da materialidade, ou seja, a elaboração da obra vai sendo sustentada pela vontade do artista, pela instigação crescente do processo construtivo, associados a uma operação de caráter poético direcionando o processo a seu momento  finalizador

O processo criativo começa e caminha pelo campo das sensações para se materializar. Algo exterior ativa a sensibilidade do artista e este sente uma forte necessidade de expressar-se, forte desejo de concepção. Ação intensa que exige disciplina, persuasão e dedicação constante ao trabalho, momento ímpar, que se permite a evidência de singularidades.

O pensamento libera o conhecimento desconhecido em si, o artista adiciona-o a realidade exterior por suas mãos que movimentam-se na matéria-prima, e seus olhos administram a materialização destas experiências. Essa emoção poética é a geradora da criação, exigindo mostrar algo, mesmo sendo um desejo ainda indefinido, rodeado por vaguezas. Como o artista desconhece o que quer tomar forma começa a materializar tudo que esta sendo mostrado do seu interior. A princípio são sensações obscuras, variáveis, mutantes, amistosas ou não. São imagens geradoras que aos poucos vão clareando, se tornando reveladoras mostrando um direcionamento a ser seguido.  

Assim na busca de ser reconhecido o sentimento caminha na direção do sensível sob efeito estético, onde poeticamente é materializado por seu possuidor. É o artista e o artesão se fundindo para que a materialização dos sentimentos torne possível.

 Artista e obra de arte nunca se desligam, o artista sempre estará em sua obra e, sua obra sempre será sua representação.



Délcia Badan

Artista plástica, graduada em Educação Artística /habilitação em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia U.F.U.

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