Campus de Atendimento à Pessoa com Deficiência será remodelado e dobrará número de vagas e serviços

Local contará com novos atendimentos e passará a ser ‘Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado de Uberlândia’
A Prefeitura de Uberlândia iniciou uma reestruturação do atual Campus Municipal de Atendimento à Pessoa com Deficiência. A partir dos primeiros meses de 2018, o espaço passará a ser denominado Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado de Uberlândia (Cemaeeu) e vai oferecer mais que o dobro de vagas. Vários outros serviços também serão incorporados, o que transformará o espaço em uma referência no interior mineiro no acompanhamento gratuito de pessoas com deficiência.


Autonomia assegurada
Kárita recebendo cuidados estéticos - Cleiton Borges/Secom-PMU
O Campus oferece serviços essenciais para a vida de muitas pessoas. Há mais de uma década, o espaço passou a integrar os dias de Kárita Silva, de 31 anos. Com deficiências locomotoras e visuais, ela encontrou no local um meio de tornar sua rotina ainda mais saudável. Durante um dos módulos de Atividade de Vida Diária (AVD) – ação desenvolvida pelos profissionais no local, Kárita recebeu cuidados estéticos e teve as unhas esmaltadas com a cor azul, escolhida por ela.

É com a AVD que a jovem aprende a realizar ações rotineiras do dia a dia, como vestir roupa e ligar o aparelho de som para ouvir músicas de Luan Santana, seu artista preferido. Estampando um largo sorriso, ela contou que ir ao Campus é um prazer. “Gosto muito do pessoal daqui. Eles dão atenção pra gente”, disse.

A mãe de Kárita, Maria de Fátima Silva, foi uma das fundadoras do Campus, no início dos anos 2000. Segundo ela, um grupo de mães se uniu e decidiu criar um espaço onde pudessem conviver e trocar experiências. A iniciativa começou como uma associação e foi oficializada alguns anos depois, quando passou a ser Campus Municipal de Atendimento à Pessoa com Deficiência  “Existia um quiosque onde fazíamos festinhas com as crianças. Como não tínhamos recursos, trazíamos latinhas e dizíamos que eram instrumentos e que o barulho que fazíamos eram músicas. As crianças adoravam”, disse a mãe, com uma voz acolhedora e firme ao mesmo tempo, demonstrando ser uma mulher que batalha pelo respeito à diversidade.

Maria de Fátima contou que de lá para cá, muita coisa mudou e percebe reflexos positivos na vida da Kárita. Segundo a mãe, nos dias de ir ao Campus, a jovem acorda às cinco horas da manhã, sorrindo e cantando. “Para mim esse o lugar tem um imã, uma espécie de magia e muito importante para nós. A notícia da reestruturação é motivo de grande alegria para os alunos e as famílias, porque queremos o melhor para os nossos filhos. A minha menina é tudo pra mim, meu anjo da guarda. Eu fico imensamente feliz em saber que tem uma equipe tão maravilhosa cuidando dela e que agora será ainda melhor”, contou.

Remodelação

 Durante a segunda gestão do prefeito Odelmo Leão (2008-2012), o local já havia passado por obras de ampliação, com a construção de salas para atendimentos, banheiros adaptados, uma varanda, revitalização do refeitório e cobertura do quiosque. O objetivo sempre foi trabalhar a socialização, potencializar as áreas funcionais e melhorar a qualidade de vida dos usuários.

Com a remodelação no Campus a partir de 2017 (que já começou nos últimos dias, após um criterioso planejamento feito por uma comissão formada por mães, profissionais do Campus e da Secretaria Municipal de Educação), será possível aumentar o número de pessoas atendidas de 60 para 146, com cursos desenvolvidos por meio de Atendimento Especializado (AE) e Atendimento Educacional Especializado (AEE).



A diretora do Campus, Norma Carvalho Pereira, contou que a reforma e as mudanças eram solicitadas pela comunidade. “Teremos condições de realizar atendimentos mais completos e de acordo com as necessidades de cada pessoa”, disse.

Atualmente, as atividades oferecidas são voltadas ao desenvolvimento motriz, cognitivo e pedagógico do aluno, como equoterapia, arteterapia, estímulos de psicomotricidade, atividades do método teach (voltadas a pessoas com dificuldades de interação e comunicação) e conteúdos como raciocínio lógico, memória e percepção. Este trabalho é executado por 54 servidores lotados na Secretaria Municipal de Educação.

Com a evolução, o atendimento se expandirá e incluirá a atuação de servidores da Secretaria Municipal de Saúde. Na prática, isso permitirá que uma série de serviços médicos e de bem-estar sejam disponibilizados. A oferta atualizada vai incluir fisioterapia, terapia ocupacional, atividades aquáticas, musicoterapia, massoterapia, expressão corporal com ênfase em dança e atividade física adaptada. Um terceiro viés de atuação do novo Centro será o desenvolvimento de oficinas práticas, como artesanato, jardinagem e horticultura.

“Queremos sempre melhorar nossos serviços e trabalhamos continuamente para isso. Temos uma atenção especial com o Campus e estamos empenhados em melhorar ainda mais seus serviços”, disse a secretária de Educação, Célia Tavares.

A intenção é que a remodelação seja concluída no início de 2018. Enquanto isso acontece, as pessoas matriculadas no espaço não terão sua rotina afetada, já que o cronograma será executado normalmente.

 Cleiton Borges/Secom-PMU

09/11/2017
Renato Faria

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