Artrose não é uma doença exclusiva da terceira idade
Atividade física de baixo impacto e musculação de resistência são maneiras de evitar a doença, que atinge 15 milhões de brasileiros.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 80% da população mundial com mais de 65 anos tem artrose, que é o desgaste ou lesão da cartilagem que reveste as articulações. O Brasil aparece em segundo lugar no ranking de pessoas afetadas pela doença, perdendo apenas para os Estados Unidos. Outro dado alarmante é que 15 milhões de brasileiros sofrem de artrose, que normalmente afeta as articulações da coluna, quadril e joelho.
“A artrose é uma das doenças mais frequentes no consultório, representando entre 30% e 40% das consultas. Dores ao se movimentar e crepitações nas articulações são sinais de alerta, e mesmo não tendo cura o tratamento correto ajuda a reduzir ou eliminar a dor e garantir uma boa qualidade de vida ao paciente”, explicou o médico ortopedista e traumatologista, Vicente Carlos Franco Macedo.
O desgaste ocorre gradualmente e altera o líquido sinovial que nutri a cartilagem agravando com o passar do tempo se não for feito tratamento. Engana-se quem pensa que a doença só atinge a terceira idade. Os primeiros sinais da artrose podem aparecer, em média, aos 30 anos, sendo mais comum a partir dos 40 anos.
Entre as causas estão o sobrepeso, a má alimentação, o excesso de atividade física de impacto, deformidades articulares como joelhos em X ou arqueados, dentre outras. “A partir dos 30 anos de idade, por exemplo, perdemos 1% da massa muscular quando não se faz atividade física muscular de baixo impacto. Desde cedo é importante se exercitar, pois é esse trabalho de resistência que vai regular o metabolismo da musculatura que regula a do osso e da cartilagem. Quem faz atividade de impacto há anos, como futebol e corrida, também precisa ficar atento”, destacou o médico.
Os alimentos que causam processo inflamatório no sangue pioram o prognóstico e acentuam o desgaste. Excesso de carne vermelha, refrigerantes e enlatados aumentam muito a inflamação no sangue, desregulando o metabolismo muscular, ósseo e cartilaginoso.
Uma das medidas mais eficazes de prevenir a doença é o alongamento e o fortalecimento muscular, aliados a uma alimentação saudável. Apesar de não ter cura, Vicente Carlos reforça que os tratamentos ajudam a reduzir a dor e a manter o movimento e a função articular.
Entre os tratamentos atuais para osteoartrose estão a musculação com pouco peso e mais repetição, hidroginástica, fisioterapia, alongamentos, viscossuplementação com injeções articulares de ácido hialurônico, sinovectomia parcial via artroscopia com viscossuplementação após 30 dias e artroplastia total (prótese). “São várias as modalidades de tratamento, porém cada paciente deve ser tratado de forma individualizada e com acompanhamento do ortopedista”, finalizou Vicente Carlos Franco Macedo.
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Carolina Portilho
Empresária e Jornalista
CaSi Comunicação
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Uberlândia (MG)
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