O BOM DA VIDA NO BAR DOS CAIXETA
CERVEJA, BOA COMIDA E CULTURA REUNIDOS EM ESPAÇO INSPIRADO NO ALTO PARANAÍBA, UMA DAS REGIÕES AGROPECUÁRIAS MAIS INFLUENTES DO ESTADO
De tradição fortemente agrícola, a família Caixeta tem origem portuguesa e radicou-se no Brasil há muitos anos, dividindo-se em grandes núcleos que se espalharam pelos estados de Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Mas é no comércio que um dos seus descendentes projeta perpetuar o nome da família na capital mineira, onde estará funcionando, a partir do primeiro dia de setembro, o Caixeta. O endereço – Rua Espírito Santo, 2324, em frente à Unidade I do Minas Tênis Clube - faz jus à tradição de um desses núcleos, formado em Patos de Minas, cidade da região do Alto Paranaíba e conhecida nacionalmente pela Festa Nacional do Milho e pela produção agropecuária.
A expectativa deste mineiro vai além de construir um negócio de sucesso. Ele pretende traduzir, em um espaço muito bem localizado, o melhor da culinária regional, em que prevalecem o milho e o açafrão. No cardápio, iguarias como galinhada e milho - cozido, grelhado, polenta e farofa. E, claro, carnes com preparo e sabores de comidas de roça, mas com apresentação esmerada, assegura o empreendedor.
Para quem aprecia, o açafrão é presença garantida no frango, no arroz e na própria farofa, além de realçar os sabores de pratos menos regionais. A culinária dos tropeiros, que também fazem parte da história da região, tem presença garantida no cardápio: as “pelotas” de carne de boi, hoje popularizadas como almôndegas, a carne de lata, preparada e conservada em banha de porco, por exemplo.
Mas o cardápio é eclético e inclusivo, usando também os temperos tradicionais e ingredientes para paladares mais conservadores.
O investimento inicial inclui infraestrutura, estoques, decoração e, principalmente, treinamento. O empresário está atento aos dados do Sebrae, segundo os quais 80% das empresas não sobrevivem aos primeiros cinco anos. E por isso se divide entre a correria com as obras e os treinamentos oferecidos pelo Senac, onde aprofunda conhecimentos sobre gestão de custos, estoques, conservação dos alimentos, gestão de equipes, atendimento ao cliente,
Mas é bom alertar que o lugar deve surpreender até mesmo quem já conhece o empreendedor, que sempre mostrou talento e bom gosto para a decoração: além da beleza do lugar e da ótima comida, o Caixeta será também uma opção interessante para reunir apreciadores do bom chopp e de cervejas artesanais, especialmente as de produção regional. E os frequentadores encontrarão ali um espaço destinado à arte, abrigando exposições de desenhos e pinturas de jovens e talentosos artistas, especialmente estudantes de artes plásticas.
A ideia é oferecer ao seu público um espaço acolhedor com o melhor da culinária regional, mas também pratos tradicionais que fazem a alegria dos que apreciam um trivial muito bem feito. O ambiente é perfeito para happy hour e para aqueles encontros de amigos nas tardes de sábado. E o lugar estará aberto às parcerias com empresas, poder público e entidades representativas da região, tornando-se um divulgador e um ponto de venda das festividades da terra natal dos Caixeta, além de oferecer informações seguras sobre a sua infraestrutura de hospedagem, alimentação e turismo. É bem possível que os 399 km que separam interior e capital pareçam encurtados no novo espaço de gastronomia, integração e cultura.
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Mirtes Cipriano
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