Entenda mais sobre os diversos tipos de cânceres e saiba como evitar

No Brasil, os cânceres mais comuns, entre as mulheres são: 1o câncer de mama, 2o câncer de colon e reto (intestino) e 3o câncer de colo de útero. Entre os homens, os tipos mais comuns de câncer são: 1o câncer de próstata, 2o câncer de pulmão e 3o câncer de colon e reto (intestino).

O câncer representa uma multiplicação descontrolada das células, em algum órgão, sendo que estas células anormais começam a ocupar o lugar de células sadias, com prejuízo à função normal do órgão afetado. A maior parte dos tipos de câncer pode, ainda, se disseminar para outros órgãos do corpo, o que aumenta o risco de complicações e sua gravidade.

Todo câncer é uma doença genética, afirma o oncologista do Oncocentro de Uberlândia, Dr. Luciano Paladini. “A grande questão é que, na maioria das vezes, estas alterações genéticas aparecem como parte do nosso processo de envelhecimento ou devido à exposição a algum agente carcinogênico (como o tabaco, como o consumo de carnes processadas, por exemplo). Apenas 2% a 3% de todos os casos de câncer é que se devem a alguma alteração genética herdada dos nossos pais”, explica o especialista.


Como evitar o câncer?


 Quanto ao câncer de pulmão, nem todos os casos se devem ao tabagismo, mas estima-se que, ainda hoje, cerca de 80% dos casos provem do habito de fumar (lembrando que compartilhar o ambiente com uma pessoa que está fumando também aumento o risco). Assim, não fumar ou parar de fumar (para quem já é fumante), é a melhor forma de se evitar o câncer de pulmão. Mesmo quem fuma, tem uma redução gradual no risco de câncer de pulmão ao longo do tempo após ter parado e fumar – nunca é tarde para parar de fumar.

            Em relação ao câncer de mama, existem estudos mostrando que a obesidade é um fator de risco para a doença; assim, uma vida saudável, com dieta regrada e atividade física regular, pode ajudar a reduzir o risco da doença Aliás, esta medida também ajuda a reduzir o risco de câncer de intestino. O uso de anticoncepcionais hormonais bem como a terapia de reposição hormonal, para as mulheres na menopausa, aumentam o risco de câncer de mama; assim, seu uso, quando indicado, deve ser acompanhado por um médico. Algumas mulheres tem um risco muito grande de desenvolver câncer de mama, especialmente aquelas com uma história muito forte da doença em familiares próximos. “Em alguns destes casos, recomenda-se até uma cirurgia profilática para retirada das glândulas mamárias (mas esta cirurgia preserva a pele da mama e o “bico do peito”, sendo possível uma reconstrução com uso de silicone”, diz o médico.

            O risco do câncer de colo de útero pode ser reduzido com a vacinação pelo HPV (indicada para crianças e adolescentes entre os 9 e 14 anos de idade, e está disponível através do sistema público de saúde no Brasil) e através do exame de “papanicolau” rotineiro. Ainda, um maior número de parceiros sexuais, associado ao sexo sem uso de preservativos, aumenta o risco do câncer de colo de útero.

 Como é feito o diagnóstico de um câncer?

O diagnóstico de câncer pode ser feito em dois momentos principais: através de exames de rastreamento em indivíduos sem sintomas., por exemplo, com uma mamografia anual em todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade; através do “Papanicolau” anual em todas as mulheres que já iniciaram vida sexual ou através da colonoscopia ou de um exame de fezes (pesquisa de sangue oculto) em todas as pessoas com 50 anos de idade em diante. O outro momento em que o diagnóstico de câncer é feito, é naquele em que o indivíduo procura atenção médica devido a algum sintoma ou algum sinal diferente em seu corpo (como um nódulo na mama, uma pinta na pele com mudanças nas suas características, um sangramento nas fezes ou na urina, uma tosse persistente, uma dor diferente do habitual e persistente). Nestes casos, muitas vezes a doença ainda está em fase inicial, mas já é mais possível que esteja em fases mais avançadas, e que podem requerer um tratamento mais intensivo para se alcançar a cura.



Quem já teve um tumor benigno, tem maior risco de desenvolver câncer?



            Em geral, tumores benignos não se transformam em tumores malignos (câncer) e não aumentam o risco de a pessoa um dia desenvolver câncer.

            Existem lesões que chamamos de “pré-neoplásicas”. São lesões que, se não forem tratadas, podem evoluir para um câncer (por exemplo, pólipos no intestino, que podem ser identificados e retirados através da colonoscopia).

           

Todos os tipos de câncer tem cura?



            Sim. Em geral, um câncer em fase inicial de evolução (por exemplo, quando ainda está restrito ao órgão em que se iniciou), tem chances de cura muito altas (maiores que 80%, chegando a até 100% em alguns casos). Mesmo um câncer já com metástases ainda é passível de cura, como por exemplo um câncer de intestino que tem uma metástase que possa ser ressecada.

            Há, porém, situações em que, já no momento do diagnóstico, podemos dizer que não há possibilidade de cura. Nestas situações, o cuidado médico deve sempre objetivar uma manutenção ou uma melhora na qualidade de vida daquele paciente e, se possível, um aumento na duração do seu tempo de vida com preservação da qualidade. “Alguns tipos de câncer de pulmão que 15 anos atrás eram tratados com uma terapia bastante tóxica e ainda assim a expectativa de vida era de apenas cerca de 12 meses, hoje podem ser tratados com terapia muito bem toleradas e com expectativa de vida de três anos (em boa parte dos casos, até mais do que isso)” finaliza Dr. Luciano.






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