Big stick. A politica do porrete.
José Eduardo dos Santos, que falava em Luanda, na qualidade de
presidente interino da Conferência Internacional para os Grandes Lagos, exortou
os rebeldes congoleses a abraçarem a via pacífica para a solução das diferenças
políticas que os opõe ao Governo da RDC.
A “chamada” para o dialogo lembra a diplomacia Norte Americana do big stick, utilizada pelo presidente dos Estados Unidos
da America, Theodore Roosevelt, no inicio do século passado, que preconiza “fale com suavidade mas tenha escondido
um grande porrete”.
Convocar os descontentes, armados, para se integrarem a vida democratica:
essa tem sido a sistematica nos países africanos depois de mais de 50 anos de
guerra, na segunda metade do século passado.
Ao mesmo tempo em que exortava os rebeldes a buscar soluções pacíficas e
conclamava seus homólogos a abrir todos os canais possiveis para as
“negociações de paz”, Eduardo dos Santos admitiu, no entanto, uso da força
militar contra os rebeldes do Congo, “se necessário for”, sob o argumento de
que a situação de guerrilha está a ameaçar a estabilidade politica de toda a
região.
Paralelamente a cimeira entre os presidentes dos países dos grandes lagos,
ocorria outra, nao menos importante, entre os
Ministros da Defesa dos países membros. O “big stick.”
A regiao africana dos grandes lagos, composta por Etiopia, Quenia,
Tanzania, Uganda, Ruanda, Burundi, Republica Democratica do Congo, Malawi e
Moçambique, que ocupa toda a parte oriental da Africa, é fundamental para a
estabilidade politica da parte leste da Africa bem como de todos os países da
Africa subsaariana.
O encontro de Luanda reuniu os presidentes de Angola, República Democrática
do Congo, Ruanda, Tanzânia, Uganda, Congo Brazzaville e da África do Sul, para
discutirem a politica de segurança de toda a regiao.
Somente o tempo dira se os rebeldes entenderam os susurros da democracia ou
se sera necessario ouvir o ronco dos canhoes.
Altair Maia
Consultor internacional
Blog: www.africanner.com E-mail: altair2001@yahoo.com
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