PATOS DE MINAS MG-Um ano após inauguração, UPA que custou R$ 5 milhões continua sem funcionar
Um ano após inauguração, UPA que custou R$ 5 milhões continua sem funcionar
A enorme estrutura de 1.800m² deveria estar atendendo 300 pacientes por dia.
A unidade de pronto atendimento continua de portas fechadas para a população.
Um ano se passou desde a inauguração em dezembro do ano passado e a UPA Porte III construída no bairro Jardim Peluzzo continua de portas fechadas para a população. A enorme estrutura de 1.800m², toda mobiliada com equipamentos de última geração, deveria estar atendendo 300 pacientes por dia, mas a Administração Municipal ainda não pôs a Unidade de Pronto Atendimento para funcionar.
Assim que assumiu o comando do Executivo, o prefeito Pedro Lucas apontou falhas na construção da UPA Porte III. Ele disse que a estrutura estava comprometida. O Ministério Público entrou no caso. O órgão enviou técnicos a Patos de Minas e a avaliação dos engenheiros do Ministério Público é de que o prédio da Unidade de Pronto Atendimento está em perfeitas condições de uso.
Ainda assim, a Administração Municipal alegou que não tinha condições de por a UPA para funcionar por falta de profissionais e de um muro de proteção da unidade. Um ano se passou e a Unidade de Pronto Atendimento continua sem muros, sem profissionais contratados e sem atendimento para a população.
Em Julho deste ano, após apresentar inúmeras justificativas, a Secretaria Municipal de Saúde recebeu autorização do Ministério da Saúde para adiar a data de início do funcionamento da UPA Porte III. O novo prazo é 30 de março de 2014. Na época, a assessoria encaminhou nota a imprensa informando o novo prazo, mas destacando que a Unidade de Pronto Atendimento entraria em funcionamento ainda este ano, promessa que acabou não sendo cumprida.
Enquanto isso, a população sofre com a precariedade do atendimento na UPA da avenida Marabá. Além disso, com a Unidade de Pronto Atendimento de portas fechadas, o município deixa de receber repasses mensais para a manutenção dos atendimentos de no mínimo R$ 300 mil. No acumulado de um ano, o prejuízo para a saúde já passa de R$ 3,5 milhões.
A UPA custou R$ 5 milhões de reais dos cofres públicos, R$ 3,5 milhões do Ministério da Saúde para a construção da sede e mais cerca de R$ 1,5 milhão do Governo do Estado para a aquisição dos equipamentos. A Unidade está equipada com leitos de observação, sala de classificação de risco, salas de exames, sala de urgência, entre outras.
Quando começar a funcionar, a UPA Porte III contará com um número mínimo de seis médicos distribuídos entre pediatra e clínico geral e terá capacidade para atender mais de 300 pacientes por dia.
Autor: Maurício Rocha
Comentários