Campanha de vacinação contra gripe começa dia 22
No dia 22 de abril, começa em todo o país a Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe. A novidade deste ano é a ampliação da faixa etária para crianças de seis meses a menores de 5 anos. No ano passado, o público infantil foi de seis meses a menores de 2 anos. A campanha vai até o dia 9 de maio.
“A extensão da faixa etária traz mais segurança às crianças e beneficia os grupos vulneráveis que mais convivem com elas. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) devido a sua vulnerabilidade e agravamento de doenças respiratórias”, disse o secretario de Saúde, Almir Fontes. Também serão vacinadas as pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais mediante prescrição médica e cadastro em programas de controle de doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (confira lista das doenças abaixo).
As pessoas com doenças crônicas devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
Em Uberlândia, o público alvo é de 141.919 e a meta é que 80% dessa população sejam vacinadas. São 64 salas de imunização distribuídas entre Unidades de Atendimento integrado (UAIs), Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Postos de saúde da Família (PSFs) na zona urbana e rural do município.
Cerca de 200 profissionais de enfermagem foram capacitados nesta semana. A estratégia de treinamento teve o objetivo de padronizar informações que serão disseminadas à população e assim garantir que os grupos priorizados sejam atendidos dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde. “A população sempre tem interesse particular nesta vacina. Este encontro ajuda a repassar informações sobre a indicação e marcação correta do procedimento, além de estabelecer de forma dinâmica como organizar os dados que enviaremos ao Ministério da Saúde”, disse Rosana Gervásio, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.
A definição dos grupos é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
Vacina segura
Os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS que compõem a vacina este ano são o A/H1N1; A/H3N2 e influenza B. A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Medidas de prevenção
A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.
Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus, por isso, as medidas de prevenção são muito importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.
Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
Reações adversas
Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e induração. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos passam, na maioria das vezes, em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.
A criação de anticorpos ocorre entre duas e três semanas após a aplicação da dose. Por isso é importante que as pessoas procurem a vacinação no período da campanha. Assim, quando chegar o inverno, estarão protegidas. O período de maior circulação da gripe é de final de maio a agosto. A vacina contra a influenza é diferente das demais porque tem efeito limitado, ou seja, é elaborada apenas no período da sazonalidade.
Categoria de risco clínico
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Indicações
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Doença
respiratória crônica
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Asma em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave);
DPOC;
Bronquioectasia;
Fibrose Cística;
Doenças Intersticiais do pulmão;
Displasia broncopulmonar;
Hipertensão arterial Pulmonar;
Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.
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Doença
cardíaca crônica
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Doença cardíaca congênita;
Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade;
Doença cardíaca isquêmica;
Insuficiência cardíaca.
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Doença renal crônica
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Doença renal nos estágios 3,4 e 5;
Síndrome nefrótica;
Paciente em diálise.
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Doença
hepática crônica
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Atresia biliar;
Hepatites crônicas;
Cirrose.
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Doença neurológica crônica
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Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica;
Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares;
Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular;
Deficiência neurológica grave.
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Diabetes
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Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.
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Imunossupressão
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Imunodeficiência congênita ou adquirida
Imunossupressão por doenças ou medicamentos
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Obesos
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Obesidade grau III.
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Transplantados
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Órgãos sólidos;
Medula óssea.
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Portadores
de trissomias
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Síndrome de Down, Síndrome de klinefelter, Sídrome de Wakany, dentre outras trissomias.
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