Amipa apresenta sua nova sede em Uberlândia

 com a presença de autoridades, associados, entre outros convidados

Uma estrutura de primeiro mundo. Esse é o melhor conceito para definir o novo prédio que abriga a sede da Associação Mineira dos Produtores de Algodão – Amipa, em Uberlândia, Minas Gerais. A obra custou cerca de R$ 9 milhões, tem mais de 2.500 m² de área construída em um terreno de 6.000 m², localizado na rua Francisco Cândido Xavier, 50, no bairro Alto Umuarama II, zona Leste da cidade. A construção abriga centro administrativo, auditórios, museu e dois laboratórios de analise e pesquisa – Minas Cotton e Biofábrica -, entre outras instalações, e foi projetada e erguida seguindo um conjunto de medidas que visam a sustentabilidade da edificação, tais como, ventilação cruzada, reuso de água e eficiência energética, por meio de células fotovoltaicas.

Ocupada desde o ano passado – antes a filial funcionava na cidade em imóvel alugado -, a nova sede da Amipa em Uberlândia será inaugurada oficialmente no próximo dia 30 de março, em evento programado para as 20 horas e que terá a presença de autoridades, associados, entre outros convidados.
A modernidade e características sustentáveis do novo prédio renderam à Amipa e ao arquiteto autor do projeto arquitetônico, Luiz Márcio, da Destra Arquitetura, o 1º lugar na categoria Projeto Comercial e Predial, na 10ª edição do Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa promovido pela Flex Eventos, em São Paulo, em outubro de 2013, quando a obra estava ainda em construção. O prêmio é o mais importante na área da arquitetura para edifícios corporativos da América Latina.

A construção de uma sede própria para abrigar a filial da Amipa em Uberlândia era um desejo antigo da diretoria da associação. Os primeiros passos para essa conquista começaram ainda em meados de 2012, quando a então diretoria representada pelos senhores Ângelo Dias Munari, presidente, Inácio Carlos Urban vice-presidente e Lício Augusto Pena de Sairre, diretor executivo, conseguiram junto ao prefeito da época, Odelmo Leão, a doação da área de 6.000 m² na zona leste da cidade, onde em janeiro de 2016 foi concluída a obra. Naquele mesmo mês, no mandato de Munari, a Amipa se transferiu para o novo prédio onde iniciaram as atividades de ambos os laboratórios na nova edificação, gerando pesquisas, desenvolvimento e empregos. Agora no fim de março, ocorre a inauguração oficial da nova sede. Cabe destacar que a realização da obra contou com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).

A nova filial da Amipa em Uberlândia possui 2.507 m² de construção, erguida em dois pavimentos, e abriga o centro administrativo, auditórios com capacidade para 90 lugares, duas filiais tecnológicas (um laboratório de análise de fibras de algodão e outro de controle biológico de pragas), museu, área de descompressão, salas de reuniões, ambientes administrativos entre outras dependências. Essa estrutura é servida por um estacionamento para mais de 70 veículos. No local, trabalham diariamente cerca de 25 funcionários, incluindo 21 apenas na Biofábrica. Em período de safra, o número sobe em cerca de 40 trabalhadores, principalmente por conta do aumento das atividades no laboratório Minas Cotton, que é considerado um dos mais modernos e precisos do mundo em análise de fibras do algodão.

NOTA - No dia da inauguração da sede, além da solenidade oficial programada para as 20 horas, a Amipa estará aberta para atender a imprensa, entre 14h e 17h, para o caso dos profissionais e veículos de comunicação que queiram conhecer em detalhes a nova estrutura bem como sobre o funcionamento dos dois laboratórios de pesquisa e análise, a Biofábrica e o Minas Cotton - esse último um dos primeiros do mundo em análise de fibra de algodão. Para isso, técnicos e diretores, além da assessoria de imprensa, estarão de prontidão.


Detalhes da obra



Nova sede da Amipa tem estrutura futurística

Assinado pelo arquiteto Luiz Márcio Carvalho, o projeto da nova sede da Associação Mineira dos Produtores de Algodão - Amipa recebeu pelo maior número de votos em sua categoria o primeiro lugar no Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa, realizado pela Flex Eventos em São Paulo. Uma conquista resultante da união entre a associação e o autor do projeto.


Com 2.507 metros quadrados, a nova sede foi concebida para abrigar o também premiado laboratório Minas Cotton da associação, que classifica a fibra do algodão e certifica os produtores para comercialização no mercado nacional e internacional. Com espaços interativos, como o museu do algodão, e oficina de treinamentos para trabalhadores da cotonicultura os espaços se complementam para a valorização dos associados produtores do estado mineiro.


O local da construção fica em um importante eixo comercial da Zona Leste de Uberlândia, com acessos facilitados – incluindo as BRs 050 e 365 - e proximidade ao aeroporto da cidade proporcionando comodidade a todos que fazem uso das instalações. A nova sede conta ainda com o museu do algodão, um espaço para interação com a sociedade, aberto para que estudantes e a população possam conhecer a história do algodão e seus processos de produção.


O produto símbolo da associação, o algodão, é traduzido na fachada da construção por cores e formas que criam a identidade visual da edificação. O prédio apresenta ainda sustentabilidade prática com reuso de águas pluviais, otimização de iluminação natural e ventilação cruzada proporcionando em todos os ambientes uma atmosfera agradável de conforto climático e uso racional de energia, com apoio de células fotovoltaicas (em fase de instalação).



Fomento

Amipa promove o algodão mineiro há 17 anos

A Associação Mineira dos Produtores do Algodão - Amipa é uma entidade de utilidade pública sem fins lucrativos e que atua em prol do fomento da cotonicultura mineira. Sua fundação data 20 de julho de 1999, em reunião realizada na sede da Minas Bolsa, na cidade de Contagem, por iniciativa do corretor Ricardo Santiago e com a participação de cotonicultores mineiros e de diretores da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A primeira sede da Amipa foi instalada em Unaí, tendo como primeiro presidente o produtor Nelson Schneider – hoje membro do Conselho Consultivo da Associação. Em 2002, a sede foi transferida para Patos de Minas, onde funciona até hoje a matriz que mantém filial na cidade de Uberlândia.
Ao longo desses quase 17 anos de trabalho, a associação busca assegurar a produtores associados, algodoeiras, cooperativas, corretoras, indústrias têxteis e governos estadual e municipais um caminho de crescimento e sustentabilidade em toda a cadeia produtiva têxtil do algodão.
Com isso, alavancada por ações estratégicas que disseminaram em Minas Gerais as melhores tecnologias produtivas utilizadas no país e no mundo, a produção mineira de algodão segue evoluindo e aumentando a sua representatividade no agronegócio estadual, nacional e mundial, com uma produtividade competitiva, nas últimas safras, em relação aos patamares brasileiros.
Diante disso, a Amipa reconhece que tal patamar de evolução da cadeia produtiva mineira do algodão seria inimaginável até alguns anos atrás sem a atuação de parceiros estaduais e nacionais que juntos ajudaram a associação a viabilizar tanto a criação quanto a manutenção dos diversos projetos para o necessário suporte técnico, tecnológico e administrativo ao cotonicultor associado.
Nesse contexto, ao governo do Estado - por atuação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), gestora do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas) e do Fundo de Desenvolvimento da Cotonicultura do Estado de Minas Gerais (Algominas) –, em razão de recursos anuais disponibilizados à Amipa, a de se atribuir importante papel nos excelentes resultados obtidos no atendimento e suporte aos produtores de algodão. Assim sendo, há de destacar importantes projetos e programas, tais como: FITOSSANITÁRIO (monitoramento e combate a pragas), SINDA (georreferenciamento, medição de áreas e estatísticas), PRA – Projeto Retomada do Algodão (apoio e desenvolvimento da cotonicultura familiar no Norte de Minas), GEAM (grupo de estudos e pesquisas para melhoramento da qualidade do algodão e para manejo de pragas), Minas Cotton (análises e classificação da fibra do algodão), AS – Algodoeira Segura (sustentabilidade no beneficiamento do algodão em caroço), ABR - Algodão Brasileiro Responsável (adequações das propriedades e certificações da pluma atendendo aos pilares ambiental, social e econômico), ALGOBOM (o fundo social da Amipa) e AMIPA Manejo Biológico (produção de agentes biológicos e introdução do manejo nas lavouras mineiras).
O Instituto Brasileiro do Algodão – IBA também merece destaque especial na história da Amipa, em virtude dos representativos investimentos financeiros realizados no decorrer dos últimos anos, em prol da cotonicultura estadual. Entre as principais destinações dos recursos, está a manutenção de programas de sustentabilidade e combate a pragas, reconhecidos pela excelência dos resultados e aumento da qualidade em serviços prestados ao produtor mineiro do algodão, por meio do renomado laboratório Minas Cotton, que ampliou a sua capacidade de análises com um segundo equipamento HVI e que agora conta com uma nova sede projetada para o crescimento e diversificação das atividades tecnológicas para o cotonicultor. Além disso, na agricultura familiar, o IBA apoiou a Amipa na aquisição de uma colheitadeira destinada aos pequenos produtores, bem como na capacitação intensiva dos mesmos.
Finalmente, é graças ao Fundo Algominas que outros importantes investimentos também chegaram à cotonicultura mineira, os quais têm permitido a manutenção de equipe técnica para assistência aos produtores e implantação dos fundamentais programas de sustentabilidade na produção do algodão.
Por consequência, a Amipa se projeta nos cenários nacional e internacional como associação de referência na organização de uma cadeia produtiva agrícola, destacando-se pelo seu apoio aos associados na obtenção de algodão de alta qualidade, hoje reconhecida no exterior, e produzido sob normas mundiais de sustentabilidade. Em Minas, a entidade fez história ao promover, em conjunto com o governo estadual, o importante resgate da cotonicultura familiar em diversas comunidades do Norte do estado, marco exemplar da força inerente ao poder associativista.
É assim que a Amipa cumpre os seus firmes propósitos de consolidar cada vez mais a cotonicultura como uma das mais promissoras atividades do agronegócio mineiro e levar o produtor associado a conquistas sempre maiores e mais satisfatórias na cultura do algodão.


Laboratórios

Minas Cotton - Central de Classificação de Fibra de Algodão da Amipa

O laboratório Central de Classificação de Fibra de Algodão - Minas Cotton, filial tecnológica da Amipa em Uberlândia, figura entre os mais precisos e modernos do mundo do setor algodoeiro. Primeiro laboratório de Minas Gerais a ser credenciado para classificação de fibra de algodão em pluma, o Minas Cotton foi licenciado pelo Ministério da Agricultura, em 2007, a operar como Posto de Serviço Autorizado, em reconhecimento à sua capacidade técnica no atendimento às diversas normas e regulamentações vinculadas à classificação do algodão em pluma.
Sua implantação foi viabilizada por meio de lei que instituiu o Programa Mineiro de Inventivo à Cultura do Algodão (Proalminas) e o Fundo de Desenvolvimento da Cotonicultura no Estado de Minas Gerais (Algominas) para promover o desenvolvimento e sustentabilidade da cadeia produtiva do algodão no Estado. O laboratório é também resultado de um convênio de cooperação técnica de certificação de origem da pluma, firmado entre o governo de Minas Gerais, por intermédio do Proalminas, e a Amipa.
Fisicamente, o Minas Cotton é dotado de estrutura em conformidade com as normas de climatização e padronização - temperatura, umidade e iluminação - estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a ASTM dos Estados Unidos e a Afinor, França. Entre modernos equipamentos, o laboratório conta com o HVI (High Volume Instrument), modelo Uster 1000, equipamento que dá nome à análise responsável por mensurar as propriedades essenciais da fibra do algodão, importantes tanto para o mercado cotonicultor quanto para as empresas têxteis.
Tecnicamente, realiza serviços segundo padrões universais de classificação do algodão em pluma, sob certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e participação em programas de aferição interlaboratorial mundialmente reconhecidos, como naqueles realizados pelo Internacional Cotton Advisory Committee (ICAC), dos Estados Unidos e, também, no Bremen Baumwoll–Rundtest, da Alemanha.
O Minas Cotton está ainda integrado ao programa Standard Brasil, criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com o objetivo de credenciar e inserir os laboratórios brasileiros nos padrões internacionais de classificação e análise do algodão.
Ainda no que diz respeito a credenciamento, o laboratório atua com sucesso em aferições junto aos três órgãos de maior credibilidade mundial do setor têxtil: United States Department of Agriculture (USDA) e ICAC, ambos dos Estados Unidos da América (EUA) e Bremen Cotton Exchange, na Alemanha.
Nas aferições realizadas pelo ICAC, destacada instituição norte-americana que atua como árbitro no mercado mundial do algodão e responsável pela auditoria, o Minas Cotton costuma classificar-se entre os melhores laboratórios do mundo em precisão de análise de fibras de algodão, já atingindo as duas primeiras posições em mesma aferição, no ano de 2013, com os seus dois equipamentos HVI.
A qualidade das análises do laboratório também passou a ser fundamental no processo de Certificação da Origem e Qualidade do algodão mineiro, instituído por meio de parceria entre a Amipa, Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), em atendimento às normas estabelecidas pelo Proalminas para a cotonicultura estadual.
Entre os serviços prestados pelo Minas Cotton, por meio do teste HVI, são analisadas características da fibra do algodão, tais como: Comprimento (UHML), Uniformidade do comprimento (UI), Índice de fibras (SFI), Resistência (STR), Alongamento (ELG), Micronare (finura/MIC), Maturidade da fibra (MR), Grau de cinza reflectância (RD), Grau de amarelamento (+b) e Trash folha.  
Outro serviço, o de classificação visual do algodão, consiste na análise física das características extrínsecas da pluma e permite enquadrá-la nas referências estabelecidas pelo Padrão Universal do USDA, quanto a: Tipo (brilho), Cor (white, light spot, spotted, tinged, yellow stained), Comprimento da fibra, Impurezas e folhas (leaf, trash), Contaminantes (materiais estranhos),Beneficiamento e outras.
  
Biofábrica – Laboratório de controle de pragas do algodoeiro

A Biofábrica é um dos dois laboratórios em funcionamento na nova sede da filial da Associação Mineira dos Produtores de Algodão – Amipa, em Uberlândia. O controle biológico de pragas é a principal linha de pesquisa da Biofábrica e consiste em utilizar inimigos naturais para combater as pragas que causam danos ao cultivo de culturas agrícolas, entre elas, o algodão. Criado há cerca de três anos, esse laboratório da Amipa está trabalhando atualmente na multiplicação de um agente biológico, o Trichogramma Pretiosum, uma microvespa que reinserida na natureza, diretamente nas lavouras, ajuda no controle biológico de Lepidópteros, ordem de insetos conhecidos como lagartas que atacam o algodoeiro e demais culturas. Outras frentes de pesquisa estão na pauta dos trabalhos da Biofábrica, visando produzir outros agentes biológicos benéficos ao controle das pragas.
O supervisor da Biofábrica, Fauze Elias Pena de Sairre, explica que, na prática, a microvespa Trichogramma pretiosum é utilizada para o controle de ovos de muitas espécies de mariposas. Ao localizar a praga-alvo na cultura, as vespinhas colocam seus ovos dentro do hospedeiro (ovo da praga). Após o parasitismo a praga tem seu desenvolvimento interrompido gradualmente e em poucos dias ocorre o nascimento de um novo parasitóide (vespinha adulta) que se multiplicará na cultura utilizando o ovo da própria praga para sua reprodução em campo. A disseminação daTrichogramma pretiosum sobre as lavouras vem sendo feita ultimamente com o uso de drones, veículos que agilizam e otimizam o processo.
No que diz respeito ao controle biológico de pragas, como ocorre com a utilização da microvespaTrichogramma pretiosum, a Biofábrica foi criada prioritariamente para prestar assistência aos produtores associados da Amipa, tanto na cultura do algodão como em outros tipos de lavouras cultivadas.
A Biofábrica ocupa cerca da metade do espaço laboratorial da nova sede da Amipa em Uberlândia, empregando diretamente 21 funcionários. Os benefícios gerados pelo trabalho desenvolvido no laboratório são imensuráveis, conforme destaca o supervisor Fauze de Sairre. “Com o uso do controle biológico de pragas em lavouras, a tendência é de redução no uso de produtos químicos, manejando a lavoura de forma mais equilibrada, preservando inimigos naturais, melhorando o ambiente biológico e produzindo com mais qualidade”, afirma.

Notícias

Minas Gerais avança na produção de algodão

Entre os diversos incentivos para impulsionar o setor
está a isenção de ICMS em produtos industrializados

Minas Gerais é considerado o 4º polo brasileiro da indústria têxtil. A afirmação é da coordenação estadual do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), ação que tem, entre outros objetivos, o de elevar o nível de produtividade com o algodão. E mais que isso: gerar impacto na cadeia no setor da confecção e estimular esse avanço e sua sustentabilidade nos territórios de desenvolvimento.

“Esta posição (4º poloº) coloca o estado em posição privilegiada, tendo em vista que, nos últimos anos, o mercado foi favorável aos produtores pelos preços compensadores praticados e pela qualidade do algodão produzido em Minas Gerais”, destaca o coordenador estadual do Proalminas, Lindomar Lopes.
O Proalminas é uma ação que garante benefícios tanto à indústria, como também aos produtores de algodão em Minas Gerais Divulgação/IMA


Para fomentar a cadeia produtiva, o Governo de Minas Gerais, por meio do Proalminas, tem como principal medida a isenção em torno de 41% do ICMS incidente sobre os produtos industrializados a partir dessa matéria-prima. A desoneração, inclusive, é concedida às empresas têxteis que possuem o Certificado de Participação do Proalminas, emitido anualmente pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), coordenadora do programa.

“Sem a desoneração tributária, ficaria praticamente impossível produzir algodão, já que o cultivo custa caro. Mesmo assim, para deixar o algodão pronto para a indústria, passando pelo plantio, colheita e transporte é de pelo menos R$ 8 mil por hectare”, contabiliza o produtor de algodão em Patos de Minas, Inácio Carlos Urban. “Estamos atendendo o mercado da indústria, graças ao incentivo do Estado”, atribui o produtor, que também é o presidente da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa).

Além disso, outra importante iniciativa do Proalminas é o Fundo de Desenvolvimento da Cotonicultura no Estado de Minas Gerais (Algominas). Com esta ação, busca-se o fortalecimento da cadeia da cotonicultura, a melhoria da qualidade e, ainda, o aumento da produtividade agrícola do algodão.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Malhas no Estado de Minas Gerais (Sindimalhas), Flávio Roscoe, as empresas destinam parte da isenção de ICMS para a manutenção do fundo. “Este fundo de reserva beneficia diretamente o agricultor, possibilitando-lhe condições dignas de vida e fixação no meio rural”, destaca.

Proalminas

O Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas) foi regulamentado pelo decreto nº 43.508 de 8 de agosto de 2003. Além de fomentar a produtividade do algodão, incentiva a adoção de tecnologias apropriadas, manejos adequados e sementes melhoradas. Dessa forma, contribui para reduzir os custos de produção, bem como aumentar a produtividade e a rentabilidade da lavoura. 

Por meio de suas normas, o Proalminas garante benefícios tanto à indústria, como também aos produtores, mediante o cumprimento de alguns critérios. Entre eles está, por exemplo, o compromisso da indústria têxtil de comprar uma cota do algodão cultivado em território mineiro. Além disso, também é um requisito que os cotonicultores forneçam o produto com o Certificado de Origem e Qualidade emitido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Em números

De acordo com a Fiemg, o setor têxtil e de confecções corresponde a 2,19% dos empregos formais e 1,54% do total de empresas de Minas Gerais. A produção mineira, no entanto, corresponde a 10% do que é produzido no Brasil.
Na safra 2015/2016, o Proalminas registrou o atendimento a 43 indústrias e 61 produtores. A produção tem girado em torno de 26 mil toneladas, ou seja, cerca de 20% da produção brasileira. 

(fonte: Agência Minas)

Nota da assessoria Amipa


Atualização - Segundo a Amipa, a expectativa é que a produção do algodão em Minas Gerais, safra 2016/2017, deva alcançar 27 mil toneladas de plumas, em aproximadamente 18 mil hectares de lavoura.  Ou seja, menos área plantada que a safra passada, mas com maior produtividade.



Algodão no Brasil

Nos últimos anos, o Brasil tem se mantido entre os cinco maiores produtores mundiais de algodão, ao lado de países como China, Índia, EUA e Paquistão. Ocupa o primeiro lugar em produtividade em sequeiro. O país tem figurado ainda também entre os maiores exportadores mundiais. O cenário interno é promissor, pois o Brasil está entre os maiores consumidores mundiais de algodão em pluma.


Setor têxtil tem início de ano positivo em MG

Apesar disso, empresariado ainda mantém a cautela
 quanto ao desempenho dos negócios neste ano

A indústria têxtil em Minas Gerais começou 2017 com um dado positivo. Segundo a Pesquisa Indicadores Industriais (Index), divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o faturamento real do setor registrou aumento de 14,8% em janeiro deste ano com relação a janeiro de 2016. Este resultado pode ser atribuído a fatores como crescimento da demanda e aumento do preço final do produto. Outros dados da pesquisa da Fiemg referentes à indústria têxtil indicam que o número de horas trabalhadas na produção aumentou 3,2%. A utilização da capacidade instalada teve crescimento de 7,2%. Quanto aos empregos, houve uma estabilização, com pequena queda de 0,1%. A massa salarial real cresceu 1%, enquanto o rendimento médio real aumentou 1,1%. Os dados positivos, segundo a Fiemg, se justificam pelo aumento da demanda.

Já dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, no último mês de janeiro, em Minas, o saldo de emprego (diferença entre admitidos e desligados), no setor da indústria têxtil, foi de 218. Em janeiro de 2016, esse dado foi negativo (-349). O presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Malhas no Estado de Minas Gerais (Sindimalhas), Flávio Roscoe, atribui o dado positivo apontado pela Fiemg a dois fatores. Um deles é o aumento do preço do produto, devido principalmente à alta do valor do algodão. O outro fator é a base comparativa. "Janeiro de 2016 foi muito ruim", disse.

Segundo o Index, em janeiro de 2016 foi registrada queda de 24,9% no faturamento da indústria têxtil, no comparativo com o mesmo mês do ano anterior. Ainda de acordo com Roscoe, a perspectiva dos empresários para 2017 é positiva, mas cautelosa. O que exige maior vigilância, segundo ele, é a questão do câmbio. No setor têxtil, a valorização do dólar é positiva, já que contribui para que o volume de produtos importados seja reduzido. Ele ainda disse que a situação das empresas ainda está sofrendo muitas variações, dependendo inclusive do tipo de produto ofertado. A linha de tecidos sintéticos, por exemplo, vive um bom momento. Já os tecidos para uniformes profissionais estão com resultados ruins.

Confiança - Roscoe apontou ainda que o nível de utilização da capacidade instalada não sofrerá grandes mudanças em 2017, já que depende de novas contratações. "O empresariado precisa de dados positivos por um período maior para que tenha mais confiança", finalizou. Presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado de Minas Gerais (Sift-MG), Fabiano Soares Nogueira também demonstrou preocupação com a questão do câmbio. "Há receio quanto ao recuo do câmbio e insegurança com o quadro político, com novas denúncias a cada dia", disse.

Por outro lado, ele diz que há realmente uma melhora no humor do empresariado do setor. "As empresas ainda não publicaram seus balanços, mas há perspectiva de melhoras, principalmente a partir do segundo semestre", disse. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), dados atualizados em 2016 indicam que o faturamento da cadeia têxtil e de confecção foi de US$ 39,3 bilhões em 2015, contra US$ 53,6 bilhões em 2014.

(Fonte: Diário do Comercio de Minas 16/03/2017)

Para mais informações:
Evaldo Pighini
evaldopighini@gmail.com
34. 9.9966-2820



Amipa
Matriz Patos de Minas:
Rua Major Gote, 585 – 5º andar, salas 502/503/505/506 – Edif. Dr. João Borges, Centro
CEP: 38700-107  -  Telefax: +55 34 3821-5828
Filial Uberlândia:
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www.amipa.com.br  – amipa@amipa.com.br

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