Museu Municipal resgata o passado por meio de objetos antigos

Espaço tem recebido mais visitantes a cada dia; só em janeiro, 820 pessoas conferiram as mostras

Quem passa pela praça Clarimundo Carneiro se depara com toda a beleza do Palácio dos Leões, antiga sede dos poderes Legislativo e Executivo. À medida que vai se aproximando, sua charmosa fachada se destaca aos olhos. Ao subir a sua escadaria e entrar no prédio, o passado ganha vida, por meio de imagens e objetos únicos, que fazem do Museu Municipal um dos espaços mais importantes
de celebração da história regional.

Em seu primeiro cômodo, a exposição permanente Nossas Raízes apresenta objetos típicos de fazendas do século XIX, com itens que ultrapassam os cem anos de existência. Fatos bonitos da história apresentados por engenhocas que marcaram o desenvolvimento da cidade. Outras peças relatam o tempo da escravatura.



Ao prosseguir com a visita, o sentimento se transforma em nostalgia. Uma cozinha de pau a pique, com tudo a que tem direito, desperta boas lembranças de um tempo no qual as comidas eram feitas acompanhadas do estalar das lenhas. Moringas, almofariz, e mãos de pilão são algumas das peculiaridades desconhecidas do público, sobretudo dos mais jovens.




Ainda no primeiro pavimento, o visitante faz nova viagem. Agora, o cenário é de um armazém da década de 1940, com alguns produtos que eram comercializados naquela época. A cada passo nessa visita, uma nova curiosidade, como é o caso de uma sela para montaria feita exclusivamente para mulheres, utilizada em tempos no qual a etiqueta mandava que as garotas se sentassem lateralmente nas costas do cavalo.

Na sala ao lado, uma grande maquete mostra o cenário de 1908 da região central da cidade, na época denominada São Pedro de Uberabinha. A montagem exibe com detalhes as árvores, córregos e pequenas casas que foram substituídas por prédios e grandes avenidas no decorrer do tempo.

Visitantes


As visitas ao Museu têm feito parte da rotina de cada vez mais pessoas. Em 2017, quase nove mil pessoas passaram por lá. Só neste mês de janeiro, 820 visitantes registraram presença. Destes, alguns residem em Uberlândia e outros são turistas naturais de cidades como Brasília, Natal, Florianópolis e Curitiba. Até mesmo pessoas do Peru e EUA estiveram no local neste início de ano.


Todas as visitas são guiadas por servidores treinados da Secretaria Municipal de Cultura, com capacidade de se comunicar, inclusive, em outros idiomas. “Temos muito cuidado com o nosso público. O que nós fazemos é atender bem cada visitante, com o acompanhamento de nossos educadores para descrever os objetos e transformar a experiência em algo incrível. Nossa função é receber a comunidade da melhor forma possível”, contou a administradora do espaço, Thaís Tormin.


O Museu foi onde Vitória Nunes, de dez anos, escolheu para passar a tarde desta quinta-feira (25). “Eu acho aqui muito legal porque são coisas que a gente não costuma ver em outro lugar. Vejo como era o passado dos meus pais, até dos pais dos meus pais. Já vim aqui muitas vezes, mas não me canso nunca”, ressaltou a garota.


Ao lado do pai, ela também viu a mesa e as cadeiras da antiga Câmara Municipal, que estão em outra mostra permanente, resgatando as origens do Palácio.


Últimos dias

Desde dezembro do ano passado, a exposição Tempo de Bordar Histórias colore o segundo piso do Museu. Esta exposição, que resgata a memória do bordado, um dos mais antigos patrimônios da cidade, chega à reta final. Os visitantes terão só até o dia 8 do próximo mês para conferir toda a beleza das obras produzidas por oficinas ofertadas gratuitamente para a população.




Além desta ação, que deve ser retomada nos próximos meses após o período de férias, o Museu também realiza gratuitamente atividades específicas para alunos de escolas e universidades. Interessados podem ligar no telefone 3214 0068 para obter mais informações.


Visite!

Museu Municipal

Onde: Localizado no Palácio dos Leões, Praça Clarimundo Carneiro, 67, no bairro Fundinho

Visitação:segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30


26/01/2018

Renato Faria
Foto: Cleiton Borges - Secom PMU

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