CCZ intensifica ações de prevenção da leishmaniose em Uberlândia
Equipes realizam exames nos animais e dão orientações sobre a doença aos proprietários, além de monitorar o comportamento dos vetores da doença
Divulgação SecomPMU
As equipes do laboratório de Entomologia do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) têm intensificado o trabalho realizado permanentemente na cidade para verificar se há animais infectados pela leishmaniose visceral (doença parasitária), principalmente em novas localidades de Uberlândia. O mosquito palha, que é menor que um pernilongo, é o vetor responsável por transmitir a enfermidade e por isso é necessário mantê-lo bem longe de casa e dos bichos de estimação.
Controle constante
Como o inseto deposita os ovos em lugares úmidos e ricos em matéria orgânica - restos de folhas, frutas apodrecidas e fezes – pode se reproduzir com facilidade e contaminar os animais domésticos. Os principais sintomas da leishmaniose são queda de pêlos, crescimento acentuado das unhas, feridas no focinho e orelhas,emagrecimento, fraqueza e lacrimejamento.
De acordo com a coordenadora do laboratório de Entomologia do Centro de Controle de Zoonoses, Márcia Beatriz Cardoso de Paula, o CCZ realiza diariamente exames para verificar se há algum tipo de infecção. “Essa visita é importante para mantermos o controle da doença e isso só é possível quando fazemos a análise nos animais. Dessa forma, evitamos que a doença chegue ao homem. Paralelemente ao trabalho de verificação, cabe ainda à equipe instruir a comunidade e levar orientações para a prevenção, mostrando que a doença existe e precisa ser combatida”, explicou.
Outra ação é o monitoramento constante do vetor. De acordo com a especialista, os profissionais da prefeitura instalam armadilhas em todos os bairros da cidade para saber se o mosquito palha está ou não se proliferando e em quais locais há maior incidência do inseto.
Neste ano, as equipes visitaram os bairros Aclimação, Morada dos Pássaros, Ipanema, Mansões Aeroporto e Custódio Pereira - regiões que apresentaram sinais do vetor. Agora, o CCZ faz o monitoramento de novas áreas da cidade, como Jardim Célia, Monte Hebron, Residencial Pequis e outros bairros próximos.
Divulgação SecomPMU
Avanços
Segundo a coordenadora, antes a única solução para animais infectados era a eutanásia. Hoje, o dono do animal pode optar pelo tratamento. “Quando o exame dá positivo para a leishmaniose na triagem e, posteriormente, no exame confirmatório, retornamos para orientar sobre os riscos da doença e explicar que existe tratamento. Então o proprietário tomar as medidas necessárias. Se optar pelo medicamento, precisa seguir as orientações. E nós, do CCZ, fazemos o acompanhamento deste animal neste ínterim”, disse.
Resultados positivos
Em Uberlândia, neste primeiro semestre, o índice registrado é muito inferior ao preconizado pelo Ministério da Saúde, resultado das ações realizadas diariamente pelo Centro de Controle de Zoonoses para prevenir a proliferação do mosquito transmissor. “O combate pode ser ainda mais amplo se a comunidade colaborar com as ações do CCZ e permitir a entrada dos agentes nas residências. Com o apoio de todos, os índices tendem a diminuir cada vez mais”, contou Márcia Beatriz.
Fique ligado!
Saiba mais sobre o vetor
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• O vetor da Leishmaniose é o flebotomíneo, conhecido como mosquito palha;
• São menores que os pernilongos comuns;
• Somente as fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente no período noturno;
• As fêmeas depositam os ovos em lugares úmidos, ricos em matéria orgânica (folhas secas e materiais em decomposição);
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Sintomas no cão
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• Queda de pelos;
• Unhas grandes;
• Feridas no focinho e orelhas;
• Emagrecimento;
• Fraqueza;
• Lacrimejamento;
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Sintomas no homem
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•Febre prolongada;
•Fraqueza e emagrecimento;
•Barriga inchada (aumento do fígado e do baço);
•Tosse seca;
•Queda de cabelos;
•Cílios prolongados;
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Faça sua parte!
• Permita que o agente de saúde examine o seu cão;
• Exija do seu veterinário a notificação da doença ao CCZ;
• As criações de animais domésticos devem ser afastadas da habitação e, a limpeza destes, assim como a do quintal, deve ser feita com a maior frequência possível para evitar a proliferação do vetor;
• O cão com suspeita de Leishmaniose deve ser notificado ao CCZ no telefone: (34) 3213-1470.
13/07/2017
Hismênia Keller
3239-2684
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