Governo realiza primeira reunião do Comitê Gestor para enfrentamento ao Aedes aegypti
Vice-governador Antônio Andrade foi responsável por presidir o encontro,
que reuniu representantes de secretarias de governo, órgãos e instituições
públicas
Representantes de diversas áreas
do Estado se reuniram nessa terça-feira (12/01) para o primeiro encontro
oficial do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à Dengue,
Chikungunya e Zika Vírus. Lançado no final do mês de dezembro, o comitê tem como
objetivo fomentar ações para o controle do mosquito Aedes aegypti, diminuindo
assim a incidência das doenças no estado.
Liderada pelo vice-governador
Antônio Andrade, a reunião contou com a presença do secretário de Estado de
Saúde de Minas Gerais, Fausto Pereira dos Santos, além de representantes de 17
secretarias e instituições do Estado.
Para o vice-governador, o combate
ao mosquito vetor é uma responsabilidade de todas as pessoas, incluindo poder
público e população. “A limpeza urbana é de suma importância para o combate ao
mosquito, mas não podemos nos esquecer que as ações devem ser permanentes. É
preciso unir esforços para eliminar os focos desse mosquito que atinge a todos,
não escolhendo idade, sexo, escolaridade ou classe social”, afirmou.
Antônio Andrade destacou ainda
que, além das reuniões do Comitê Gestor, grupos menores, que compõem as Salas
de Situação, farão encontros semanais e, caso necessário, encontros diários,
para o monitoramento ainda mais frequente da situação. A Sala de Situação é
composta por representantes da Defesa Civil, Polícia Militar,
vice-governadoria, Secretaria de Saúde e Subsecretaria de Comunicação.
O secretário de Estado de Saúde,
Fausto Pereira dos Santos, reforçou que o papel do Estado, além de
financiamento, é de mobilização, publicidade e também de chamar a população
para participar. “No final do ano passado, liberamos R$ 36 milhões do tesouro
do Estado para os municípios e também empenhamos mais R$ 30 milhões, em
dezembro. É uma forma de contribuir para que os municípios resolvam questões
importantes, como o pagamento de horas extras aos seus agentes de endemias e
priorize ações de limpeza urbana, por exemplo”, completou.
O secretário também ressaltou o
papel das 28 regionais de saúde do Estado, que estão realizando durante o mês
diversos encontros com os municípios, como forma de mobilizar os prefeitos e
secretários para que os mesmos tomem as ações necessárias de combate ao
mosquito vetor.
Está também marcada para este
mês, no dia 21, uma reunião com cerca de 3.600 novas diretoras e novos
diretores das escolas estaduais. Além da posse dos dirigentes, representantes do
governo participarão do evento, mostrando o cenário da dengue, chikungunya e
zika vírus no estado e entregando kits com os materiais educativos.
“Estamos reformulando o programa
‘Saúde na Escola’, como forma de sensibilizar não apenas professores e alunas e
alunos, como toda a comunidade em torno das escolas. Estamos presentes em
praticamente todas as casas e é importante envolver as crianças e a juventude
para avançarmos na prevenção e termos uma ação mais permanente”, completou a
secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo.
Na reunião, o superintendente de
Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-MG, Rodrigo
Said, apresentou a situação epidemiológica da dengue, chikungunya e zika vírus
no estado e pontuou as ações mais importantes do Plano Nacional de
Enfrentamento à Microcefalia.
“A recomendação do Ministério da
Saúde é dividir o plano em três eixos: mobilização e combate ao mosquito;
atendimento às pessoas e desenvolvimento tecnológico, educação e pesquisa. Uma
das metas é intensificar a campanha de mobilização e realizar visitas
domiciliares durante todo o primeiro semestre do ano. O levantamento prevê 8
milhões de imóveis em Minas Gerais, onde serão realizadas atividades de
orientação, inspeção e tratamento dos criadouros do mosquito”, afirmou.
Para o secretário de Estado de
Saúde, Fausto Pereira dos Santos, as estratégias de controle ao mosquito são
clássicas. “Não há, até o momento, nenhuma inovação tecnológica que possa ser
usada de forma padronizada no país inteiro. Para isso, precisamos contar com a
sensibilização de todos, inclusive dos órgãos públicos como Cemig, Copasa,
Polícia Militar, que têm uma grande capilaridade e conseguem chegar nos 853
municípios do estado”, completou.
Comitê Executivo
Coordenado pelo vice-governador e
com a Secretaria de Estado de Saúde à frente da secretaria executiva, a
expectativa é que o Comitê tenha funcionamento contínuo. O grupo tem como
objetivo propor, articular, coordenar e avaliar ações destinadas ao controle do
vetor, bem como reduzir a incidência das doenças e seus efeitos e auxiliar a
pesquisa relacionada às ações de vigilância, prevenção, atenção à saúde e
controle da Dengue, Chikungunya e Zika.
A mobilização dos gestores,
servidores e da população em geral acerca das ações necessárias para diminuição
da infestação pelo Aedes aegypti também é objetivo do Comitê Gestor, por meio
de seus órgãos em níveis central e regional.
Também compõem o grupo de
trabalho as secretarias de Estados de Governo; Casa Civil e Relações
Institucionais; Planejamento e Gestão; Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável; Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Defesa Social;
Desenvolvimento Regional e Política Urbana; Educação; Transportes e Obras
Públicas; além da Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Copasa,
Cemig, Departamento de Obras Públicas e da Agência Reguladora de Serviços de
Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário. A Assembleia Legislativa de
Minas e a Associação Mineira de Municípios também integram o comitê como
convidados.
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