Falta de licença ambiental atrapalha turismo internacional em Minas Gerais
Deputados vão pedir à Secretaria de Meio Ambiente agilidade na autorização para as obras no Aeroporto de Confins.
O atraso na liberação das licenças de instalação e de operação é o principal entrave para a expansão dos terminais de passageiros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (RMBH). Em reunião na manhã desta quinta-feira (20) da Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o presidente da concessionária que administra o aeroporto – a BH Airport –, Paulo César Souza Rangel, pediu ajuda dos parlamentares para tentar agilizar o processo para permitir o início da construção do Terminal 2 e o início das operações do Terminal 3, que já está pronto para funcionar.
Um dos autores da iniciativa de realizar o encontro entre os parlamentares e o presidente da BH Airport, o deputado Roberto Andrade destacou que o Aeroporto de Confins é a porta de entrada da Capital e, por isso, é essencial que cresça e tenha um terminal internacional com voos para todo o mundo. “Temos que investir no crescimento do aeroporto”, afirmou. Roberto Andrade também defendeu o incentivo ao turismo como forma de combater a crise do setor hoteleiro de Belo Horizonte, que vem sofrendo com a baixa ocupação de quartos desde a Copa do Mundo. Para o deputado, é preciso criar linhas de ônibus que liguem o aeroporto a outras cidades do estado.
Os parlamentares disseram que vão ajudar na tentativa de agilizar a continuidade do empreendimento. Nesse sentido, foi aprovado requerimento da comissão, assinado por 12 parlamentares, para que seja enviado pedido de providências ao secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável com a finalidade de que se agilize o processo de licenciamento ambiental referente à expansão do Aeroporto de Confins.
Com as obras nos dois terminais, a previsão da BH Airport é de que, até o final de 2016, existirão 17 novas pontes de embarque e desembarque, além das nove existentes, dobrando a capacidade atual do aeroporto, para até 22 milhões de passageiros ao ano. “Aguardamos a licença de operação para transferir os voos internacionais para o Terminal 3 e construir o Terminal 2”, disse Paulo Rangel. Ele afirmou, ainda, que a previsão de entrega do Terminal 2 é até o final de 2016. No entanto, explicou que a obra está atrasada desde março, com o projeto pronto, mas aguardando a licença ambiental de instalação.
De acordo com Paulo Rangel, essa ampliação na capacidade do aeroporto atenderá uma demanda de até dez anos, já que a previsão de crescimento no tráfego aéreo em Confins é de 6% a 7% ao ano. A BH Airport prevê que em dez anos, os atuais 104 mil pousos e decolagens saltarão para mais de 200 mil. Outras melhorias previstas são a ampliação da pista de pousos e decolagens e da área de desembarque de passageiros do Terminal 1.
Ainda segundo Rangel, em 2015 e 2016 estão sendo investidos R$ 750 milhões, metade dos recursos previstos para os próximos dez anos, que são de R$ 1,5 bilhão. Ao longo dos 30 anos de concessão da BH Airport, estão previstos investimentos totais de R$ 3 bilhões. Ele informou também que, até 2020, será construída uma nova pista, com capacidade para operar até 60 voos por hora. Hoje, esse número é de 30 pousos e decolagens.
Ao final de 30 anos, Paulo Rangel disse que a previsão é de que Confins atenda 40 milhões de passageiros ao ano. Hoje, esse número é de 11,4 milhões. “Nossa visão estratégica é de que o aeroporto seja a porta de entrada e saída dos mineiros, e temos que trabalhar para isso”, afirmou.
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