Movimentos repetitivos no trabalho podem contribuir para desenvolvimento de bursite no ombro

Patologia está associada à inflamação de tecido do ombro e é mais comum em profissões que exigem esforço físico
 O cotidiano das pessoas está repleto de atividades repetitivas, tais como: tomar banho, escovar os dentes, lavar louça, dirigir. Todas elas implicam em movimentos constantes. E uma reclamação frequente é sobre dor no ombro, que pode ter diversas causas. A mais comum delas, porém, é a bursite – termo que caracteriza a inflamação da bursa, um tecido em forma de bolsa que amortece os movimentos dos tendões contra tecidos moles e/ou ósseos. O ambiente de trabalho pode ser fator determinante para o desenvolvimento dessa patologia.

 As causas mais comuns da bursite no ombro estão associadas ao uso excessivo da articulação, especialmente em movimentos que elevam o braço acima do nível da cabeça. Além disso, a bursite também pode surgir após traumas, infecções e em decorrência de algumas doenças, como a artrite gotosa (gota - depósito de cristais de ácido úrico na articulação). Entre os sintomas mais comuns da bursite estão dor, inflamação, restrição de movimento e inchaços.


Segundo o Dr. José Maria Ribeiro de Sá, do Instituto Integrado de Ortopedia e Traumatologia do Triângulo (IIOT), qualquer pessoa está sujeita a desenvolver um quadro de bursite no ombro e seu aparecimento é comum em ambientes de trabalho. “Profissões que exigem muito esforço físico, como esportistas, faxineiras, mecânicos, pintores, carpinteiros, donas de casa, todas estão propícias a ter essa patologia”, comenta.



O médico explica, ainda, que a melhor maneira do trabalhador evitar e prevenir a evolução da bursite no ombro é fazer atividades constantes sem esforço, alongamentos musculares e se atentar à ergonomia correta. “É importante realizar a correção ergonômica e realizar ginástica laboral, além de evitar exercícios repetitivos e corrigir os movimentos incorretos do ombro”, afirma Ribeiro de Sá.



De acordo com a fisioterapeuta Carolita Vasconcelos, da ErgonLider, conforme a gravidade da lesão, o profissional pode receber ordem de afastamento do local de trabalho. “O objetivo é para que ele possa repousar e reabilitar. Nessa fase é importante que ele não faça atividades que exijam levantamento de peso, além do constante acompanhamento de um fisioterapeuta”, explica. 



Ainda segundo a fisioterapeuta, é importante que as empresas façam o acompanhamento de seus profissionais e que tenham um programa de prevenção para orientar os empregados. “Ter um profissional habilitado para acompanhar os funcionários é fundamental. Para uma reabilitação ideal, é importante ter uma equipe pronta para receber empregado”, comenta Carolita.



O tratamento de pacientes que desenvolveram a bursite no ombro é composto por fisioterapias e alongamentos, além de ingestão de analgésicos e anti-inflamatórios. Já o período de recuperação depende da gravidade de cada caso.







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