Representantes da ADVAZ participaram do II Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local
Representantes da ADVAZ participaram do II Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local
Nos dias 29 de outubro a 1º de novembro de 2013, o SEBRAE realizou uma missão com destino a Foz do Iguaçu (PR), com o objetivo de participar II Fórum Mundial de Desenvolvimento Local. A missão foi acompanhada pela analista técnica Adenilce Rodrigues e contou com a participação de representantes de quatro municípios e de cinco Agências de Desenvolvimento - ADESNOR, ADEJOP, ADVAZ, ADESA e ADISC, sendo representadas pelos seus Diretores e Agentes de Desenvolvimento.
A cidade de João Pinheiro-MG foi representada no evento por João Antônio,Sebastião Menezes,Vicente Peres e pelo Vice-prefeito Carlos Eduardo. Pelo Município de Vazante - MG compareceram Cláudia Pereira e Ubirana Magela. Por sua vez, Arinos- MG e Chapada Gaúcha – MG foram respectivamente representadas pelos Agentes de Desenvolvimento Francisco Pinto da Silva e Rosemeire Magalhães Gobira.
O fórum contou com um publico recorde de 4.267 pessoas procedentes de 68 países.
O objetivo do fórum foi facilitar o diálogo e o intercâmbio entre atores locais, nacionais e internacionais sobre a eficácia e impacto do desenvolvimento econômico local perante os grandes desafios da época atual, a partir das práticas existentes de apoio a micro e pequenas empresas e promoção e elaboração de políticas públicas voltadas a este segmento, além de também políticas setoriais ou territoriais.
A micro e pequenas empresas e os empreendedores individuais representam grande força em seus pequenos territórios. “O desenvolvimento local depende de uma política descentralizada com participação conjunta entre o poder público e a iniciativa privada”. Palavras repetidas varias vezes durante os debates.
A administradora do PNUD- Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, Rebeca Grynspan, afirmou que o “desenvolvimento não sustentável, não é desenvolvimento”.
Entre os assuntos abordados, temas ligados à promoção do desenvolvimento econômico local, tais como a apresentação de casos de sucessos, os desafios para a criação de planos de desenvolvimento local, a formação de arranjos produtivos, a capacitação e o papel das instituições de ensino, parcerias público-privadas, o papel das Agências de Desenvolvimento, da participação da mulher na economia, a governança estratégica, políticas e crescimento do desenvolvimento local e a forma de fazer com que esse desenvolvimento seja sustentável e inclusivo.
No final, foi elaborado um documento que traz proposta de desenvolvimento para o mundo.
A carta assinada pelas instituições promotoras- Itaipu Binacional, Parque Tecnológico Itaipu, Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (SEBRAE), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (ART/PNUD) e Fundo Andaluz de Municípios para a Solidariedade Internacional (FAMSI) -,traz algumas sugestões de desenvolvimento econômico local para serem implantadas a partir dessa edição. Todas são baseadas em cooperativismo, empreendedorismo, cooperação,arranjos produtivos locais e parceria pública-privada.
O fórum reconhece que as estratégias locais de desenvolvimento econômico operam em um marco caracterizado pela complexidade e diversidade, por isso, é necessário reforçar os instrumentos de desenvolvimento econômico local, fomentar a cultura empreendedora, a fim de fortalecer as cadeias produtivas e estabelecer uma base sólida para os processos de inovação social, cultural e ambiental.
Fica como desafio, a necessidade específica de gerar alternativas concretas e abordar as preocupações dos jovens, especialmente em um momento de alta do desemprego.
De acordo com o documento, é também papel fundamental das mulheres nos processo de desenvolvimento econômico local, é necessário a plena participação das mesmas na tomada de decisões econômicas e políticas, assim como estratégias para assegurar que as mulheres possam ter igualdade no acesso ás oportunidades econômicas locais.
O documento ressalta também o papel fundamental da sociedade civil, juntamente com os atores no território, para garantir que o desenvolvimento econômico estará centrado nas pessoas. E, para abordar esses desafios, é necessário ter em conta, entre outras questões, a importância da economia social e da micro, pequena e media empresa na promoção de dinâmicas econômicas e de inovação para gerar trabalho decente e desenvolvimento de uma cultura empreendedora.
Os fóruns mundiais de desenvolvimento são eventos bianuais e marcam um processo aberto que pretende estimular políticas e ações conjuntas entre sócios. O fórum propõe continuar seu trabalho de maneira permanente em um processo de coordenação, compartilhamento entre diferentes redes, atores políticos e estrangeiros e experiências de desenvolvimento econômico local, de baixo para cima e não de cima para baixo, como vem sendo feito atualmente.
Cada mulher e homem que participaram do II Fórum Mundial se comprometeram a construir juntos, fomentando um diálogo entre territórios, um mundo melhor que siga um modelo de crescimento mais justo, sustentável e equitativo, respeitando a diversidade local.
O evento contou com a presença de várias autoridades, entre elas o ex - presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi agendado para 2015 o III Fórum Mundial de Desenvolvimento Local, para a cidade de Turim norte da Itália, conforme anúncio feito por Jorge Samek, presidente da Usina Binacional de Itaipu, que comandou a cerimônia de encerramento do fórum.
por Thais Pereira
Fonte: Ubirana Magela Rodrigues Ferreira - Agente de desenvolvimento da ADVAZ
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