Dor de cabeça com frequência pode ser sinal de tumor no cérebro


(Neurocirurgião do Hospital Santa Clara, Dr. Maykell Queiroz dos Reis)

 Assim como todos os tumores, o tumor cerebral é originado pela multiplicação anormal das células. Esse desenvolvimento descontrolado causa uma série de complicações, porém, apenas os tumores malignos são considerados cânceres. A Organização Mundial de Saúde (OMS) divide os tumores cerebrais em sete categorias, mas, apesar de existirem vários tipos, a divisão costuma se dar entre tumores malignos e benignos. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do biênio 2018/2019, sejam diagnosticados, no Brasil, 11.320 novos casos de tumores cerebrais/sistema nervoso central.

O neurocirurgião do Hospital Santa Clara, Dr. Maykell Queiroz dos Reis, explica que esse tipo de tumor tem causas desconhecidas pela  Medicina, por isso, não existe uma forma objetiva de prevenir os tumores cerebrais. “Existem síndromes familiares onde há propensão a desenvolver tumores cerebrais. É a segunda causa de câncer em crianças”, afirma o médico.

Os sintomas podem se agravar gradualmente ou então acontecer repentinamente. Dentre os principais sintomas estão: déficit neurológico progressivo - que seria uma fraqueza num lado do corpo, uma perda de visão ou alteração na fala -, dor de cabeça diariamente e muito forte no período da manhã e crises convulsivas.

O tamanho, tipo e o local do tumor podem influenciar a forma de tratamento. Se o tumor estiver em uma área eloquente, ou seja, com atividade cerebral, a realização de uma cirurgia pode ser mais complicada. “Os tumores cerebrais benignos são tratados cirurgicamente através de um procedimento chamado craniotomia. Já os tumores malignos, além deste procedimento, há necessidade da complementação frequentemente com radioterapia e quimioterapia” explica o neurocirurgião.

A maioria das pessoas com tumor benigno são curados após a cirurgia. Já os casos de tumor maligno não são curáveis, então fala-se de sobrevida do paciente, que varia de acordo com a “ressecção” do tumor, grau de malignidade do tumor (determinado pelo resultado da biópsia) e também a melhora ou bom resultado no tratamento complementar (radioterapia e quimioterapia).

A presença de dor de cabeça persistente, que dura semanas e é pior no período da manhã chama a atenção para que o paciente procure um especialista. Além disso, crise convulsiva nunca é normal, isto indica que a pessoa precisa procurar um médico urgente. “A presença de um déficit neurológico de maneira progressiva (fraqueza, alteração na fala, perturbação visual, visão dupla, tudo isso chama a atenção de que existe algo errado no sistema nervoso central e que pode ser um tumor. É sempre bom lembrar que, muitas vezes, apresentar algum dos sintomas não significa ter um tumor cerebral” finaliza o especialista.

Confira no vídeo do Santa Clara Responde do mês de agosto mais informações sobre esse assunto com o neurocirurgião, Dr. Maykell Queiroz dos Reis. Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=iNLoQFyLMDM .



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