Efeitos do divórcio na criança podem durar uma vida inteira

Na fase adulta podem ter dificuldades de ter relações mais consistentes
O casamento e a vinda dos filhos são motivos de muita alegria. O problema é que o tempo passa, a incompatibilidade fala mais alto, a rotina toma conta, vêm os problemas conjugais e financeiros, o amor ‘esfria’, às vezes se descobre a traição, o casal não consegue resolver e pronto, vem o divórcio. O que era mel vira fel e a situação chega a tal ponto que um não consegue mal sequer olhar pra cara do outro. Mas como ficam os filhos numa circunstâncias dessas? Bom é aí que começa a queda de braços, como se o filho fosse uma marionete. 

 Os pais conscientemente ou não usam da vulnerabilidade emocional da criança para atacar o ex querendo tirar vantagem. A criança começa a tomar a dor de um ou de outro uma vez que presencia o sofrimento, outras vezes a alienação parental se torna evidente e as coisas só pioram. 

O psicólogo Miguel Soares explica que os filhos passam a ter dois lares, começam a viver num ambiente completamente diferente do modelo anterior e se não for tudo muito bem conversado pode desencadear nos filhos sentimentos prejudiciais. “As crianças podem enfrentam ansiedade, medo do futuro e de não receber atenção como antes, sentir-se confusas, ter baixo autoestima, queda de rendimento escolar e cognitivo, sentimento de culpa, entre outros. Nesses casos, seria bom um tratamento psicológico para crianças e adolescentes vivenciem esse sofrimento sem tantos traumas”, disse.

Na fase adulta pode ter crise de identidade. “Muitas vezes os problemas psicológicos aparecem anos depois. Os filhos carregam na mente, imagem de brigas e agressões verbais e até físicas do casal e se sentem mal amados. No futuro podem refletir em suas relações as dificuldades emocionais vivenciadas neste período e evitar relações mais consistentes. Alguns podem ficar agressivos, ter crises de ciúmes e conflitos amorosos”, esclarece Miguel.

O assunto é amplo e precisa ser debatido. Hoje muito se fala em guarda compartilhada e em alienação parental, que é quando a criança passa a ter repúdio do pai ou da mãe sem justificativa. “O divórcio é uma fase terrível. Todos sofrem danos e estresse.

Os pais precisam passar para os filhos que o amor não vai mudar que apesar de separar a relação vai permanecer, receberá atenção e cuidado. Lembrá-los que o amor acaba e a culpa não é deles e que às vezes é melhor se separar do que verem os pais infelizes. O importante é os pais sempre estarem presentes na vida dos filhos”.

Quando a guarda é compartilha, Miguel acredita no diálogo, no bom senso e no comum acordo entre os pais. “Sempre digo que existe ex-marido e ex-mulher, mas não ex-filho. É claro que cada pessoa tem um estilo de ver a vida, de dar bronca, mas o banho não é opcional, por exemplo. Se o filho quer ir para certa balada, aí sim cabe uma negociação e a decisão é dos dois juntos, pai e mãe. Tudo isso precisa ser bem conversado entre o casal e os filhos”, afirma.   



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