NINGUÉM AJUDA NINGUÉM. A GENTE AJUDA A SI PRÓPRIO
O Marquinhos morou em nossa casa por cerca de um ano e meio. Foi lhe ajeitado um dormitório em uma meia água no fundo da casa, com entrada independente, onde ele tinha acesso quando bem quisesse. Não era coisa luxuosa, mas confortável, como era a minha residência. Sua refeição era na nossa mesa, sem nenhuma restrição. Era tido como um ente familiar. Quando cursava pouco mais da metade de Contabilidade eu achei por bem arranjar-lhe um trabalho melhor, com remuneração à altura da sua escolaridade e com mais perspectiva de crescimento, pois na condição de secretário de escritório de Advocacia não se vislumbrava grande coisa. Liguei para Dr. Argemiro, à época Gerente da Cia. Mineira de Metais, expondo a minha pretensão e, logicamente, enaltecendo as qualidades do Marquinhos. Prontamente aquiesceu ao pedido e pediu que o apresentasse ao Senhor Sinval Lemos, voltando de lá empregado, dando início a uma nova etapa da sua vida...