Dados confirmam mais uma vez Uberlândia fora da epidemia de dengue

A Prefeitura de Uberlândia incrementou desde outubro de 2015 as ações de conscientização e mobilização social no combate ao mosquito Aesdes aegypti e as medidas mostram resultado positivo no período do ano em que várias cidades brasileiras vivem índices alarmantes da doença de dengue. Uberlândia se mantém fora da epidemia em 2016.  

O último boletim epidemiológico mostra que até a Semana Epidemiológica 19 (de 08 a 14/05) foram registrados 6.520 casos prováveis de dengue, com uma incidência de 157,8 casos de dengue por 100 mil habitantes, o que é considerado incidência média. Para ser considerada uma epidemia, é preciso que a incidência seja de 300 casos por 100 mil habitantes.

Essa vitória se deve às atividades contínuas de conscientização e prevenção contra o vírus da dengue, chikungunya e zika, como o Dia “A” em março, que foi uma iniciativa conjunta das secretarias de Saúde e de Educação de trabalhar a partir das escolas para melhor entendimento e engajamento dos alunos na campanha, e que ainda está colhendo frutos. Em algumas escolas municipais ainda há gincana com os alunos assumindo o papel de agentes de saúde mirins.

Passeata no Morada Nova

Para combater o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da zika é preciso o comprometimento de toda a população, desde crianças até idosos. Na Escola Municipal Freitas Azevedo, no bairro Morada Nova, duas alunas, reconhecendo a importância da mobilização de todos, organizaram uma ação de conscientização dos moradores.

Com uma parceria com a Secretaria de Educação, por meio do CEMEPE – Centro Municipal de Estudos e Projetos Educacionais Julieta Diniz, e da Secretaria de Saúde, por meio do Programa de Saúde Escolar e do Centro de Controle de Zoonoses, a Marcha contra o Aedes aegypti virou realidade nesta quarta-feira (25). Cerca de 80 alunos do 8º e 9º participaram.

Danyelle Cristina Rosa da Silva, do 8º ano, explicou sua motivação para os colegas da escola: “Se não tivermos a atitude para combater essa situação, não vamos conseguir acabar com a dengue. Por isso tive a idéia de marcharmos pelo bairro para conscientizar as pessoas contra o mosquito”. Pâmela Barbosa Rodrigues, do 9º ano, emendou o coro “Sabemos que o mosquito se reproduz em água parada. Precisamos que todos ajudem a combater o mosquito e não deixar a água para ele nascer”.

A supervisora da Escola Municipal Freitas Azevedo, Silvana Gonçalves de Lima, responsável pelo evento na escola e a marcha, não fez questão nenhuma de esconder o orgulho das alunas. “No dia que tivemos a mobilização do Dia A em todas as escolas, elas se sentiram tocadas para essa preocupação, para o perigo que é a dengue e nos procuraram”, conta.

A passeata com os alunos seguiu pela Avenida Aldo Borges Leão, após atividades na escola, em que agentes de controle de zoonoses demonstraram a evolução do ovo do mosquito até a fase adulta. Os sintomas das doenças também foram explicados, além dos trabalhos de controle biológico, em que predadores naturais são utilizados quando o depósito de água não pode receber o larvicida.

O coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue, Amaral Alves de Souza, e mais 15 agentes de controle de zoonoses, ofereceram suporte nas atividades, com distribuição de panfletos educativos e orientações em caso de dúvidas. Amaral reforçou o pedido para que os alunos continuem difundindo os cuidados contra o mosquito: “Vocês são multiplicadores do nosso trabalho. Falem com os pais e mães de vocês, olhem em volta das suas casas, vocês nos ajudam a cuidar da família e dos vizinhos”.

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