Bloco Oriodara quer marcar época na “Avenida do samba”

ESPECIAL CARNAVAL


Bloco Oriodara quer marcar época na “Avenida do samba”


            Uma cabeça com vários “raios” que representam o surgimento de novas ideias. Este é o símbolo do Bloco Carnavalesco Oriodara. Ideias, sonhos e novos horizontes estão aflorando na mente dos diretores do bloco. O presidente Fábio Vladimir Silva, conhecido por Fabinho, que o diga. Segundo ele, desde a criação do bloco muitas coisas já aconteceram - e olha que o grupo está em fase de avaliação. “O ano de 2014 está começando, mas já estamos com planos, muitos planos para 2015. Exagero? Imagina, são apenas cabeças pensantes que querem transformar esse momento em muito mais do que alegria”, disse.


O bloco vai desfilar no domingo, dia 02 de março, a partir das 20h. Será o primeiro a entrar na passarela do samba e vem com o enredo “Os Malês e as Revoltas Negras na Bahia” (veja detalhes abaixo). Oriodara vai se apresentar com cerca de 200 componentes entre homens, mulheres e crianças, com fantasias e adereços bem coloridos. Haverá comissão de frente, porta estandarte, bateria e mais cinco alas. Os estilistas do bloco são: Rodrigo Salviano, Adriano Ribeiro, Wáquila Correa e Juliana Trindade. A sede do bloco é no bairro Planalto, na rua Maria Abadia Mamede, 410.
           
Origem


O Oriodara foi criado em setembro de 2012 por um grupo de 10 amigos que têm pensamentos semelhantes. É um bloco afro com raízes africanas, com extenso leque para novas conquistas e outras vertentes além da raça negra. A princípio, Fábio Vladimir achava que tudo não passaria de um sonho, mas depois de reunir os amigos, ele verificou que era real. “Passei por todos os blocos e escolas de samba de Uberlândia. Trabalhamos muito, criamos coreografias inusitadas, desfilamos com garra nas avenidas e chegou um momento que decidi criar algo mais diretamente ligado aos meus princípios e formas de encarar esses dias de folia”, disse.
            Coreógrafo, professor de dança há 22 anos e com especialização em pessoas com deficiência, Fabinho acreditou que a experiência e a vivência de tantos carnavais o ajudariam a levar o projeto adiante. Agora, toda a diretoria quer fazer história. O nome do bloco já estava gravado no coração do presidente e foi aprovado pelo grupo. Oriodara tem um significado africano - “Cabeça Bonita” - e para eles vai além dos quatro dias de folia. “Pensar em uma cabeça bonita não é apenas o visual ou algo passageiro. Cabeça bonita é em todos os sentidos, principalmente em atitudes, em transformações do ser humano e esse também é um diferencial do bloco”, ressalta.

Criatividade
            Ao longo das discussões entre o professor de dança e os amigos sobre os rumos que o bloco tomaria, uma pessoa observava tudo e se movimentava, mas sempre em silêncio. Em um desses encontros do grupo, surge Fábio Júnior, 12 anos de idade, com uma surpresa. Vários croquis e objetos de enfeite para as fantasias (miçangas, recicláveis e outros adereços).
            Timidamente, mas com muita segurança, o garoto indaga ao grupo se essa era a proposta para um novo bloco. De acordo com Fabinho, o grupo ficou atônico com a sensibilidade e rapidez de captação e interpretação do garoto. “Quando vimos, ele já estava com quase toda a ideia do bloco esqueletada. Foi fantástico e a partir daí aceleramos o processo junto com tudo o que já tínhamos”, explicou. Hoje, Fábio Júnior é aderecista do bloco, dança e ajuda em tudo que for preciso, além de fazer parte da diretoria. Outra novidade é que esse talento de criação do adolescente é natural. Ele nunca participou de nenhum tipo de oficina ou curso. As criações são espontâneas e peculiares. Fábio Vladimir da Silva Júnior é considerado um prodígio dentro do bloco carnavalesco.
           
           
Sobre o enredo:

A Revolta dos Malês foi um movimento que ocorreu na cidade de Salvador (província da Bahia) entre os dias 25 e 27 de janeiro de 1835. Os principais personagens desta revolta foram os negros islâmicos que exerciam atividades livres, conhecidos como negros de ganho (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e carpinteiros). Apesar de livres, sofriam muita discriminação por serem negros e seguidores do islamismo. Por isso, encontravam muitas dificuldades para ascender socialmente.


           

Cássia Bomfim
Cultura
24/02/14

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