PREÇOS DOS ITENS DA CESTA BASICA
FOTO ILUSTRATIVA CVS
Como representante do setor supermercadista em Minas Gerais, e na busca pelo atendimento ao consumidor com preços justos, como sempre foi a prática do segmento, a Associação Mineira de Supermercados (AMIS) vem tentando todas as formas de conter esses aumentos de preços. Como mais uma medida nesse sentido, nesta quinta-feira (10), encaminhou ofício ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, pedindo o retorno da redução da base de cálculo do óleo de cozinha adquirido fora de Minas Gerais. A medida visa a permitir maior concorrência entre as indústrias e, logo, à redução do preço.
O decreto número 47.458, em vigor desde o dia 1º de setembro de 2018, alterou a base de cálculo do imposto para as indústrias estabelecidas fora do Estado, o que prejudica os consumidores mineiros. A alíquota do ICMS/MG passou de 7% para 18%, para indústrias de outros estados, elevando, sobremaneira, os custos do produto. Só para citar um exemplo, no óleo de soja, a mudança representa no final um aumento no ICMS a recolher de 1,05% para 10,21%.
A AMIS considera que os atuais desafios de aumentos de preços e o cenário relacionado à pandemia do novo coronavírus exigem esforços de fornecedores, supermercadistas e dos governos para garantir à população o menor preço possível, especialmente de produtos da cesta básica. O pedido da AMIS é para que o comércio supermercadista mineiro possa adquirir o óleo de outros estados com a mesma tributação daquele produzido em Minas Gerais, aumentando, assim, a concorrência. Como está, os supermercados mineiros se veem praticamente obrigados a comprar apenas das indústrias estabelecidas em Minas Gerais. Aberta a possibilidade de aquisição dos produtos de outros estados, a tendência é que os preços caiam com essa concorrência maior.
Em âmbito nacional, a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), com a participação da AMIS e das outras 26 associações estaduais do setor, também vem negociando com o Governo Federal tentando conter esses aumentos dos preços. Um exemplo disso é a redução a zero, até o final deste ano, da taxa de importação do arroz anunciada ontem, depois de reunião com diretores da ABRAS.
Por outro lado, a AMIS reforça a mensagem de que o comportamento do consumidor é fundamental neste momento. Uma demanda desnecessária só prejudica os estoques e a política de preços das empresas.
LIMITAÇÃO - Quanto à limitação de produtos por clientes, a AMIS esclarece que se trata de uma prática legal, que visa a assegurar a todos os consumidores, especialmente os de menor renda, o acesso a esses itens básicos. No entanto, não se trata de uma orientação da entidade, mas de cada empresa de forma individual para melhor atender o cliente.
Como vem sendo amplamente divulgado pela imprensa, o aumento das exportações e a diminuição das importações de itens da cesta básica, motivado pela valorização do dólar frente ao real, somado ao crescimento da demanda, são os principais fatores que provocaram a redução da oferta no mercado interno.
Associação Mineira de Supermercados – AMIS
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